As zonas de preparação devem ser limpas e desinfectadas
imediatamente após a conclusão de cada tarefa, sendo ainda importante ter em
consideração os seguintes aspectos:
Ø Os manipuladores de alimentos devem
respeitar todas as regras de higiene pessoal, lavando as mãos no espaço
destinado para o efeito, antes de iniciar cada tarefa;
Ø Todos os equipamentos, bancadas e
utensílios devem ser cuidadosamente lavados e desinfectados antes de
preparação;
Ø Na mesma bancada não podem existir
alimentos crus e confeccionados, ou alimentos na proximidade de lixos ou
objectos sujos, de forma a evitar a contaminação cruzada;
Ø Não é permitido que a mesma faca ou
tábua de corte contacte simultaneamente com alimentos crus e confeccionados, e
com alimentos de origem animal e vegetal;
Ø Os alimentos deverão permanecer na
“zona de perigo” (entre 4 ºC e 63º C) o menor tempo possível, apenas o
estritamente necessário para a preparação, tendo a tarefa que ser realizada
rapidamente e sem interrupções;
Ø Todos os materiais devem ser
utilizados apenas para uma tarefa, sendo lavados e desinfectados assim que
esteja terminada;
Os alimentos devem ser
colocados na câmara de refrigeração, devidamente acondicionados, após a sua
preparação e até à sua confecção.
A preparação do
peixe
Os procedimentos operacionais na zona
de preparação de peixe (evisceração, remoção das cabeças, descamação, lavagem,
corte e tempo de espera para a confecção) deverão seguir uma sequência que
assegure que o peixe e moluscos não estejam expostos mais que 30 minutos à
temperatura de risco.
No final de todas estas operações, os desperdícios gerados
devem ser imediatamente retirados, realizando-se uma lavagem do peixe com água
corrente.
A compra ou a congelação de peixe desfiado ou picado é
proibida, devendo esta operação ser realizada na unidade de restauração, o mais
próximo possível da sua confecção.
Relativamente ao bacalhau, quer seja seco ou salgado, depois
de cortado em postas, deve ser demolhado em água fria corrente. Em alternativa,
pode ser demolhado em 48 horas, num recipiente coberto, com mudanças de água
frequentes e, de preferência, em ambiente refrigerado.
A confecção a quente:
A confecção é a última hipótese de destruição dos
microrganismos que possam estar presentes nos alimentos. Para assegurar a sua
destruição durante o processo de confecção do alimento, a temperatura deve ser
superior a 75ºC.
A temperatura mínima de segurança de peixes e mariscos é:
63ºC durante 15 segundos
Manutenção da temperatura
A temperatura óptima multiplicação
dos microrganismos responsáveis pelos problemas de saúde no homem situa-se nos
36-37ºC. Qualquer valor acima ou abaixo desta gama de temperaturas afecta o
crescimento dos microrganismos mas não impede o seu desenvolvimento. Embora
este seja mais lento, o desenvolvimento dos microrganismos dá-se entre os 4ºC e
os 63ºC, sendo este intervalo designado “zona
de perigo”. Assim, é importante que as temperaturas de conservação se
mantenham fora desta zona, mantendo-se os alimentos na zona fria (< 4ºC) ou na zona
quente (> 63ºC).
Manutenção a frio
Os pratos confeccionados mantidos em
frio, até ao momento do seu consumo ou da sua regeneração, devem conservar-se a
uma temperatura inferior a 4ºC. Para o controlo do tempo de conservação é
necessário que as comidas sejam etiquetadas com a data da sua elaboração. Para
evitar as contaminações cruzadas, as comidas devem ser tapadas até ao momento
em que se proceda à sua regeneração e/ou serviço.
A manutenção de alimentos
confeccionados no frio não poderá ser por muito tempo. Isto porque o frio não
destrói os microrganismos, apenas retarda o seu crescimento.
Assim:
Ø Os pratos confeccionados a serem
consumidos em quente, devem ser mantidos no máximo 5 dias em refrigeração,
sendo aconselhável não superar os 3 dias.
Ø Os pratos que incorporem ovo, nunca
devem ser mantidos mais de 24 horas, a uma temperatura máxima de 8º C.
Manutenção a quente
Os alimentos a servir quentes devem
ser mantidos acima dos 63 º C, até ao momento do seu consumo. Devem ser
conservados em mesas, armários ou banhos quentes, a temperaturas de 80-90ºC,
para que a temperatura interior seja superior a 63ºC.
Arrefecimento
O arrefecimento dos alimentos
confeccionados deve ocorrer o mais rapidamente possível, de modo a manter uma
boa qualidade física e microbiológica dos alimentos. Após a sua confecção os
alimentos devem ser arrefecidos, em menos de 2 horas, até aos 10 º C, sendo
posteriormente acondicionados a temperaturas iguais ou inferiores a 4º C.
O uso de células de arrefecimento rápido é recomendado. Este
é um tipo de equipamento concebido especialmente para arrefecer alimentos,
elaborados a quente, de forma rápida. Caso estas não existam, o arrefecimento
deverá ser efectuado colocando o recipiente com o alimento num banho de água
fria, introduzindo-o posteriormente na câmara de refrigeração.
Nunca se devem deixar arrefecer os alimentos à temperatura
ambiente, durante um longo período de tempo, pois esta prática coloca os
alimentos na “zona de perigo”.
Reaquecimento
O reaquecimento é o processo em que
um alimento confeccionado a quente é mantido durante um determinado tempo em
refrigeração, volta a sofrer um tratamento térmico antes de ser servido. A
temperatura de reaquecimento (ou regeneração) deve atingir os 75º C em pelo
menos 2 horas. Qualquer alimento reaquecido não pode ser refrigerado outra vez.
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